Ofício das Trevas: As trevas simbólicas da Paixão
Certamente um dos ritos mais emocionantes, que marcam o início do Triduo Pascal: O Ofício das Trevas (Tenebrae em latim). Durante este ofício, todas as luzes da igreja são apagadas para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando Nosso Senhor morreu.
Se faz uma reflexão acerca de cada uma das 7 últimas falas de Cristo na cruz, e para cada uma é cantado um salmo. Há um candelabro com 15 velas representando os 150 salmos da Bíblia. À media em que os salmos vão sendo cantados, as velas vão sendo apagadas, ficando acesa apenas uma, que simboliza a luz de Cristo e a esperança na sua ressureição. Ha cerca de 15 séculos que este ofício da Semana Santa se mantém praticamente inalterado.
O Ofício de trevas mostra, de forma bastante clara, a figura do servo Sofredor e, junto dEle, nos colocamos rezando e meditando sobre os Sofrimentos de Sua Paixão e Morte na Cruz. Este nome (Ofício de Trevas) tem diversas explicações. Entre elas:
1 - As trevas naturais de meia-noite ao anoitecer, ou seja, as horas destinadas à recitação do ofício, lembrando as palavras de Cristo preso nas trevas da noite: "Haec est hora vestra et potestas tenebrarum" (Esta é a vossa hora e do poder das trevas.) (Lc 22, 53).
2 - As trevas litúrgicas, quando durante as cerimonias da paixão apagam-se todas as luzes na igreja, exceto uma.
3 - As trevas simbólicas da paixão.
O ruído no fim do ofício de trevas significa o terremoto e a perturbação dos inimigos e recordam a desordem que sucedeu na natureza, com a morte de Nosso Senhor. Por isso é comum que os participantes batam nos bancos da Igreja, fazendo um barulho ensurdecedor.
Sem dúvidas é uma experiência intensa, que nos ensina a olhar para o sofrimento de Cristo com espirito contrito e reflexivo.
Fonte de pesquisa: Site Dominus Vobiscum
(Joana Ariel)
Missionária da Comunidade Aliança de Cristo Rei
