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Série Dogmas - 2 A virgindade perpétua de Maria


MARIA É UM QUADRO OU UM ESPELHO?

Antes de tratarmos sobre os dogmas marianos faço questão de expor em poucas palavras, alguns conceitos que precisamos meditar.

Nossa Senhora é nossa intercessora, nossa mãe, medianeira das graças e tantos outros maravilhosos títulos consagrado à aquela que gerou nosso Divino Salvador. Mas muitas vezes somos indagados pelo pietismo popular, a cantar os louvores de Maria, mas nos esquecemos do mais belo que é imitar á Maria.

Damos louvores à Virgem, como expressa no seu canto, o Magnifica “as gerações hão de me chamar bendita”, mas antes dos seus louvores que são dignos , devemos busca a sua imitação, pois assim seus louvores passam ser muito mais dignos e frutuosos e não olharemos a Virgem como um quadro lindo, mas como um espelho à imitar.

MARIA SEMPRE VIRGEM

"Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco." (Is 7,14)

"Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus." (Lc 1, 34-35)

"Eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo." (Mt 1,20)

O aprofundamento da fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e perpétua de Maria, mesmo no parto do Filho de Deus feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo não diminuiu, antes consagrou a integridade virginal da sua Mãe. (CIC 499)

Em outubro de 649, o Concílio do Latrão chegou a esta definição de fé: “Seja condenado quem não professar, de acordo com os santos Padres, que Maria, mãe de Deus em sentido próprio e verdadeiro, permaneceu sempre santa, virgem e imaculada quando, em sentido próprio e verdadeiro, concebeu do Espírito Santo, sem o concurso do sêmen de homem, e deu à luz Aquele que é gerado por Deus Pai antes de todos os séculos, o Verbo de Deus, permanecendo inviolada a sua virgindade também depois do parto”.

Na encíclica Redemptoris Mater de João Paulo II “Maria consente na escolha divina para se tornar, por obra do Espírito Santo, a Mãe do Filho de Deus. Pode-se dizer que este consentimento que ela dá à maternidade é fruto da doação total a Deus na virgindade. Maria aceitou a eleição para ser mãe do Filho de Deus, guiada pelo amor esponsal, o amor que consagra totalmente a Deus uma pessoa humana. Em virtude desse amor, Maria desejava estar sempre e em tudo ‘doada a Deus’, vivendo na virgindade. As palavras ‘Eis a serva do Senhor’ comprovam o fato de ela desde o princípio ter aceitado e entendido a própria maternidade como dom total de si, da sua pessoa, a serviço dos desígnios salvíficos do Altíssimo. E toda a participação materna na vida de Jesus Cristo, seu Filho, ela viveu-a até o fim de um modo correspondente à sua vocação para a virgindade.”

No mistério da obra de salvação da humanidade, quis Deus encarna se no seio de uma virgem, por obra do Espírito Santo, aquele que é Deus de Deus, Luz da Luz... e no seu nascimento sua mãe continua intacta quanto a sua virgindade e permanece virgem em sua vida, ou seja não tem relação conjugal com seu legitimo esposo José, e Jesus é o único filho da família de Nazaré. Mas a maternidade espiritual de Maria estende-se a todos os homens que Ele veio salvar: “Ela deu à luz um Filho que Deus estabeleceu como "primogênito de muitos irmãos" (Rm 8, 29), isto é, dos fiéis para cuja geração e educação Ela coopera com amor de mãe. (LG 63) Os argumentos protestantes que se baseiam nas escrituras em relação aos “irmãos de Jesus”, são tão refutáveis, quanto ridículos no campo da exegese bíblica.

Quanto à permanência da virgindade durante o parto, Deus é Luz e a luz é partícula, e consegue atravessar o vidro sem que o mesmo se quebre.Portanto, podemos concluir que a virgindade Perpétua de Maria é algo querido por Deus e também por Nossa Senhora .Ela escolhe livremente permanecer nesse estado, inspirada pela ação do Espírito Santo, para assim ter o coração totalmente voltado para Deus e para todos nós, seus filhos muito amados.

O testemunho de virgindade de Maria e o de tantos, que livremente se consagram plenamente a Deus, é sinal de contradição em um mundo que muitas vezes valoriza o sensual, o sexual, o prazer egoísta e sem limites.

É um convite também para aqueles chamados ao matrimônio a se guardarem plenamente ao seu esposo ou esposa, mantendo a sua fidelidade, especialmente nos momentos difíceis.Também para os jovens, dizendo que vale a pena guardar-se virgem para o casamento.Quanto mais puro sejamos, mais teremos os nossos corações voltados para Deus, para os demais amando-os intensamente e assim preenchendo verdadeiramente os anseios mais profundos de nosso ser.

Que Nossa Senhora nos ensine a ter um coração semelhante ao dela!

Paz, bênção e amor.

Fonte de Pesquisa: A Fé Católica.

Lidia Ariel

(Missionária da Comunidade Aliança de Cristo Rei)

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